O Brasil vai implementar o Sistema Nacional de Mobilização (Sinamob) que teve o seu regimento interno aprovado nesta quinta-feira (29) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. O sistema visa a enfrentar situações catastróficas, de crise internacional e de ameaças à soberania do país, para isso vai desenvolver planos estratégicos e utilizar os recursos humanos do Estado, como as Forças Armadas e defesas civis e até a população, em caso de necessidade.
Além do regimento, a lei de Mobilização Nacional já foi aprovada e regulamentada. Entretanto, para entrar em funcionamento, é necessária a aprovação da Casa Civil, depois disso, o sistema será implementado aos poucos.
De acordo com o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, almirante Gilberto Hirschfeld, ;[essa mobilização] sempre foi feita, mas era de modo desordenado. Agora, vamos tentar impor uma coordenação e aprender juntos;, disse.
A estrutura do Sinamob reúne dez ministérios, a Casa Civil e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Segundo Hirschfeld, cada órgão tem uma responsabilidade específica. ;Há um que trata de mobilização militar, outros que tratam de mobilização de política interna, política externa, ações sociais, tecnologia;.
Em uma situação de guerra ou catástrofe natural, a mobilização de meios adicionais será acionada quando o uso da logística não atender mais à necessidade do País. ;A população será orientada por meio de divulgação. Vamos chamar as diversas instituições, cada um no seu sub-grupo, para saber de que forma é que eles podem auxiliar;.
Um exemplo, segundo ele, é o transporte de pessoas em regiões atingidas por enchentes, como foi o caso dos estados de Alagoas e Pernambuco recentemente. ;Se nós tivermos uma ferrovia que transporta minérios, vamos parar o transporte de minérios e transportar pessoas para tirá-las do local;.