O Ministério da Cultura e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) assinaram hoje (26) protocolo para a criação do Centro Regional de Formação para a Gestão do Patrimônio, que terá sua sede no Palácio Capanema, na cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com o diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando de Almeida, o centro terá como função formar gestores por meio de cursos. O foco serão os gestores públicos, mas os cursos também serão oferecidos para outros profissionais interessados.
;O centro vai reunir gestores para capacitá-los para a administração do patrimônio. Outro objetivo do centro é ser um espaço de investigação e de pesquisa sobre o patrimônio cultural;, afirmou. Ele disse ainda que os cursos de capacitação devem começar no inicio do próximo ano.
A diretora da Unesco, Irina Bokova, disse que a criação do centro vai ser importante, principalmente para os países lusófonos, no que diz respeito à gestão e pesquisa para a conservação dos seus patrimônios mundiais. ;Acredito que o centro se torne um parceiro importante no futuro para a Unesco;, afirmou.
Em todo o mundo já foram criados pela Unesco cinco centros regionais de formação, que estão situados no México, África do Sul, Noruega, China e Bahrein.
A criação do centro faz parte das ações da 34; Sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, promovido pelo Centro do Patrimônio Mundial, que está reunido em Brasília. Durante as atividades, representantes dos 187 estados reunidos vão discutir a possibilidade de inclusão de 41 novos patrimônios mundiais, sendo que um deles é a Praça de São Francisco, em São Cristóvão (SE).
Segundo o Ministro da Cultura, Juca Ferreira, a inclusão da praça como patrimônio mundial se justifica por ser o único registro material no Brasil da época em que Portugal e Espanha formaram um só reino.
;O único traço desse momento histórico importante é a praça São Francisco, que tem as características das cidades filipinas, com as marcas todas dos fundamentos das cidades espanholas. Ela tem um valor importante por essa influência, por essa marca, esse registro, de um momento histórico importante para a colonização das Américas;, explicou.
Além da análise da inclusão dos novos patrimônios mundiais, também será discutida a situação de 31 patrimônios que já conquistaram o título de patrimônio mundial, mas estão na lista de patrimônios em perigo. Esses itens dessa lista sofrem com problemas como poluição, guerras, desastres naturais, entre outros.