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Moradores da Serra Gaúcha aproveitam a sexta-feira sem chuva para consertar estragos do temporal

Curitiba ; Em Ibiaçá, Imigrante, Nonoai e Canela, municípios localizados na Serra Gaúcha, os moradores devem aproveitar a trégua de um dia sem chuva, hoje (23), para consertar os estragos causados pelo intenso vendaval da noite da última quarta-feira (21). Em Canela, cuja prefeitura pode decretar situação de emergência, o trabalho dos bombeiros e de voluntários se concentra, pela manhã, na colocação de telhas doadas pela Defesa Civil em 25 residências mais afetadas.

A concessionária Rio Grande Energia (RGE) se comprometeu a restabelecer a energia elétrica em cerca de 1,5 mil casas de dois bairros, Vila do Cedro e Vila Magi , que ainda estão às escuras. Aproximadamente 2 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelo vendaval, 180 ainda estão desalojadas e há 11 desabrigadas. De acordo com último boletim da Defesa Civil, 11 pessoas ficaram levemente feridas, 407 casas ficaram danificadas e 81 destruídas.

Em Ibiaçá, 78 pessoas foram afetadas e 22 residências ficaram danificadas. No município de Imigrante, onde ocorreu forte precipitação de granizo, o temporal provocou estragos em 100 casas, 20 ficaram destruídas e a rede de energia e o sistema de transporte público ficaram comprometidos.

O comitê de gerenciamento de crise, formado por funcionários das prefeituras, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, montou uma estrutura para receber doações. A Central de Doações do Estado tem postos em Porto Alegre - no Centro Administrativo Fernando Ferrari - e em Canela - no CTG Querência, na rua Visconde de Mauá ; e recebem donativos como colchões, materiais de construção, roupas e agasalhos.

Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (51) 3212-4678 e (54) 3282-2666.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê a chegada, a partir de sábado (24), de uma área de instabilidade vinda da Argentina. ; À noite, um ciclone extratropical na Bacia do Prata provoca ventos fortes de até 80 quilômetros por hora no litoral e no extremo sul gaúcho. Na região serrana, chuvas e ventos não serão tão significativos;, explicou Flávio Varose, do 8; Distrito do Inmet, em Porto Alegre.