Rio de Janeiro - O Batalhão Florestal da Polícia Militar do Rio de Janeiro montou uma força-tarefa para combater a prática de soltar balões, que se intensifica nesta época do ano, com as festas juninas. Neste fim de semana, os policiais, que têm o apoio de agentes da Delegacia do Meio Ambiente do estado, fizeram um sobrevoo pela cidade e registraram mais de 30 flagrantes.
Em uma casa em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, os policiais encontraram uma fábrica de balões. Além da grande quantidade de material para a confecção desses artefatos, havia caixas de explosivos e até um revólver calibre 32. O dono da casa, Dionísio Gomes de Andrade, de 41 anos, foi preso em flagrante e autuado na delegacia do Largo do Tanque por crime ambiental e porte ilegal de arma. Ele pagou fiança e foi liberado.
O comandante do Batalhão Florestal, tenente-coronel Mário Fernandes, disse que os policiais se baseiam nas informações do Serviço de Inteligência e também nos atendimentos do Disque-Denúncia (21 2253-1177) para desencadear as ações.
Segundo ele, de janeiro a junho deste ano, os policiais do Batalhão Florestal já fizeram 82 apreensões de balões e mais de 30 prisões, enquanto durante todo o ano passado foram feitas 68 apreensões e cerca de 20 prisões.
;Não sei por que as pessoas ainda insistem em soltar balões, essa cultura ultrapassada que, além de ser danosa ao meio ambiente, prejudica a aviação civil e o patrimônio público e privado, com incêndios e outros danos;, acrescentou o comandante. Ele enfatizou que a prática de soltar, vender, transportar e fabricar balões é crime ambiental, com pena prevista de até três anos de prisão.
No fim de semana anterior, a queda de um balão em uma área de preservação na zona sul do Rio provocou um incêndio que destruiu o equivalente a quatro estádios de futebol. Moradores do Morro dos Cabritos, da Ladeira do Sacopã e do Corte do Cantagalo, em Copacabana, saíram de suas casas e apartamentos assustados com o calor das chamas, que só foram controladas quase 24 horas depois de iniciadas.