Jornal Correio Braziliense

Brasil

Municípios do RN devem reforçar vacinação contra gripe H1N1 em grupos que não atingiram meta

A vacinação contra a gripe A (H1N1) chega à reta final em todo o Brasil. De 22 de março até as 16h desta quarta-feira (9), mais de 76 milhões de pessoas haviam se imunizado. No Rio Grande do Norte, foram atingidas praticamente todas as metas de cobertura, com pelo menos 80% do público-alvo vacinado entre trabalhadores de saúde, doentes crônicos, crianças menores de 2 anos e adultos de 20 a 29 anos.

Mas o Ministério da Saúde recomenda que os municípios potiguares adotem estratégias, de acordo com a realidade local, para vacinar os grupos que ainda estão com baixa cobertura. É o caso, por exemplo, dos adultos de 30 a 39 anos e das crianças de 2 anos a menores de 5 anos. Nesses dois grupos, nenhuma unidade da federação atingiu a meta, até o momento.

No Rio Grande do Norte, até o momento, a cobertura também está abaixo de 80% entre gestantes (60%) e adultos de 30 a 39 anos (59%).

[SAIBAMAIS]No caso das crianças de 2 anos a menores de 5 anos, muitos municípios aproveitarão a primeira etapa da campanha nacional contra a paralisia infantil para imunizar as crianças que ainda não se vacinaram contra a gripe H1N1. Nos municípios que irão vacinar as crianças contra a gripe, junto com a imunização contra a pólio, as vacinas contra o vírus H1N1 só estarão disponíveis postos fixos de vacinação (postos de saúde, por exemplo) e não nas unidades volantes.

A orientação para os pais ou responsáveis é que procurem informações junto à Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação, horário de funcionamento e disponibilidade da vacina contra a gripe H1N1 para as crianças.

Já é praxe que nos dias de campanha contra a pólio as equipes de saúde aproveitem para atualizar o cartão de vacinas da criança, contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de outras vacinas também ocorre apenas em postos fixos. Em geral, tomar duas ou mais vacinas no mesmo dia não oferece risco à saúde das crianças. Na dúvida, pais ou responsáveis devem consultar um médico.

É importante lembrar que, após tomar a vacina, o organismo leva até 14 dias para estar totalmente protegido. As pessoas devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município para buscar orientações sobre dias e horários de funcionamento dos postos.

Outro ponto importante é sobre a vacinação diferenciada das crianças, que precisam tomar duas meias doses da vacina, para garantir uma imunização completa contra o vírus da gripe H1N1. A segunda dose deve ser tomada 21 dias depois da primeira. Neste caso, se a criança tomar a primeira dose no dia da campanha da paralisia infantil, os pais e responsáveis devem ficar atentos para levá-las aos postos novamente, para a segunda dose.

MAIOR DO MUNDO
; A vacinação contra a gripe H1N1 é a maior já realizada no país, superando os 67 milhões de imunizados contra a rubéola, em 2008. Os 76.361.881 de imunizados contra a gripe H1N1 até as 16h desta quarta-feira (9) representam 40% da população brasileira. Proporcionalmente, é a maior campanha realizada no mundo. Estados Unidos, por exemplo, vacinaram 24% de sua população. México, 20%; Suíça, 17%; França, 8%; e Alemanha, 6%.

;Os números mostram o sucesso de nossa estratégia, uma vitória de todo o Sistema Único de Saúde e da sociedade brasileira;, resume o ministro José Gomes Temporão. ;Isso demonstra o grande trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde vacinadores e a confiança da população no Programa Nacional de Imunizações;.

GESTANTES
; No caso das mulheres grávidas, os 2,1 milhões de vacinadas representam uma cobertura de 70%. O índice está dentro do esperado, pois o cálculo do público-alvo foi feito com base na estimativa de nascimentos para todo o ano. ;Mas precisamos considerar as gestantes que deram à luz nos primeiros meses do ano, antes da vacinação, e as que vão engravidar após a campanha;, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

Em 2010, foram registradas 540 internações e 64 mortes em decorrência da gripe H1N1, até 8 de maio. Desse total, 18% dos casos graves e 30% dos óbitos foram em gestantes. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância de que todas as grávidas, em qualquer período da gestação, procurem um posto para tomar a dose da vacina.

No ano passado, foram registrados 2.051 óbitos em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).

Da Redação do DIARIODENATAL.COM.BR com informações da Assessoria