Cerca de 20 toneladas de carne bovina foram apreendidas na madrugada desta quarta-feira em Dores do Indaiá, na Região Centro Oeste de Minas. O material era transportado sem documentação, de maneira irregular, ficando impróprio para consumo. Sete pessoas foram presas, incluindo o dono da mercadoria e o proprietário de um frigorífico.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o produto era transportado em dois caminhões. Dois policiais fizeram sinal para que um dos veículos parasse, mas o motorista desobedeceu a ordem e acelerou. A perseguição durou poucos minutos e o motorista acabou estacionando dois quilômetros à frente.
O outro caminhão, que também estava carregado de carne, percebeu a movimentação e tentou entrar na cidade de Dores do Indaiá, mas foi surpreendido pela polícia. Os envolvidos afirmaram que os animais haviam sido abatidos em Arcos. Eles seriam distribuídos em açougues de Ibirité.
Uma nota para transporte foi apresentada à PM, contendo o carimbo do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). No entanto, era uma documentação antiga, sem nenhuma ligação ao produto apreendido. Também foram encontradas várias chaves de açougues da região, onde, segundo a PM, seriam deixadas as carnes.
De acordo com a chefe seccional do IMA em Dores do Indaiá, Gilda Maria de Oliveira, a carne era imprópria para o consumo. Os caminhões foram lacrados pelo instituto e levados para o pátio de Dores. A carne foi levada para o aterro da cidade. O valor do produto apreendido é de aproximadamente R$ 80 mil.
O proprietário da mercadoria, Osvaldo Alessandro de Oliveira e o dono do frigorifico, Ademar Venâncio, foram levados para delegacia, com outros cinco envolvidos. Eles serão ouvidos e liberados, assim que pagarem a fiança, que varia de R$ 1 mil à R$ 2 mil. Os responsáveis ainda podem ser multados em R$ 40 mil.