Separados em pequenos grupos, os jovens de 18 a 35 anos percorreram a região da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara) para conhecer um pouco da realidade de quem está ali há décadas.
A Saara é uma área onde imigrantes de vários países se firmaram no comércio ao chegar ao Brasil. O local foi escolhido para a caminhada porque, apesar de diversidade cultural e religiosa dos diferentes povos, a convivência é harmônica e não há conflitos.
Vaishali Morjaria, 28 anos, do Quênia, acredita que o fórum é uma ótima oportunidade para trocar ideias. ;Devemos dialogar para entender como podemos ajudar nossos países. É importante ajudar a juventude local, pois somos nós que vivemos lá e sabemos quais são os problemas;, afirma. ;A caminhada nos permite conhecer o povo mais a fundo.;
O presidente da Aliança de Civilizações da ONU e ex-presidente de Portugal, Jorge Sampaio, espera que o fórum seja uma demonstração para o mundo de que pessoas de diferentes países podem dialogar e tornar o mundo melhor.
;É preciso construir pontes entre as culturas. Que a capacidade de adaptação dos jovens sirva para impulsionar mudanças e construir a paz;, disse Sampaio, durante a abertura da caminhada.
Para Adam Boon, 28 anos, da Nova Zelândia, o encontro é importante para conhecer a maneira com que cada povo lida com diferentes problemas. Ele acredita que há muito a ser feito. ;Nós podemos fazer a nossa parte, mas o governo e as instituições privadas também devem fazer a parte deles. Eles deveriam doar mais, ajudar mais, desenvolver mais projetos. Nós podemos mostrar a eles como podem ajudar;, afirma.
A partir de amanhã (27), os participantes da Caminhada Cultural Jovem vão compartilhar suas impressões e recomendações com políticos, chefes religiosos, representantes de grandes corporações e instituições acadêmicas durante o 3; Fórum da Aliança de Civilizações.