Depois de 13 mil voltas em torno da terra e quase 400 mil imagens do planeta, a operação do satélite sino-brasileiro CBERS-2B foi encerrada. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou nesta quarta-feira (12) que perdeu o contato com o satélite desde abril. Lançado em setembro de 2007, o equipamento tinha previsão de vida útil de dois anos.
O principal fornecedor de imagens para o Brasil e a China ; sócios no acordo de cooperação que construiu e lançou o satélite ; e para os países da América do Sul e da África, o CBERS-2B começou a apresentar falhas em março. De acordo com o Inpe, em 16 de abril, os centros de controle brasileiro e chinês perderam o contato com o satélite.
Com o fim da operação do CBERS-2B, o Inpe terá menos imagens disponíveis do território brasileiro. Elas são utilizadas principalmente nas estimativas de desmatamento, pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) e do Programa Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes), que calcula as taxas anuais de desmatamento da Amazônia.
;Mesmo operando em condições não ideais, o Inpe continuará a fornecer os dados necessários ao monitoramento do território brasileiro;, informou o instituto, que utilizará imagens dos satélites norte-americanos Terra/Modis e Landsat-5 e do indiano Resourcesat.
Para substituir o CBERS-2B, um novo satélite desenvolvido em parceria com a China será enviado ao espaço em 2011, o CBERS-3. Há previsão de mais um lançamento em 2014. A nova geração de satélites tem mais câmeras que os atuais.