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Saidinha de banco pode causar prejuízo de R$ 8 milhões, diz PM

Clientes da Grande BH podem amargar um prejuízo de R$ 8 milhões este ano se não forem tomadas medidas efetivas contra o crime conhecido como ;saidinha de banco;. A estimativa foi divulgada nesta quarta-feira pelo coronel Cícero Nunes, do Comando de Policiamento da Capital, que participou de reunião conjunta entre a Polícia Militar, o Ministério Público, representantes da Assembleia Legislativa e de bancos.

De acordo com a PM, a operação Saque Seguro será reforçada nas áreas mais vulneráveis da capital. A Região Noroeste concentra 22% dos casos e os roubos já somam R$ 800 mil em apenas sete meses. A Região Centro-Sul vem em seguida, com 19% dos casos e mais de R$ 600 mil de prejuízo às vítimas. Em média, são registradas cerca de 70 ocorrências de ;saidinha de banco; por mês na Grande BH

;O grande desafio é o banco entender que o interior da agência é o local primário da ocrrência e tem que garantir a proteção do cidadão;, disse o coronel Cícero Nunes. Ele voltou a pedir que a população não faça saques de valor elevado e opte por transferências diretas entre contas bancárias.

Telefones celulares não entram

A reunião desta quarta-feira debateu projeto de lei que tramita na Assembleia para coibir a ação de criminosos após saques efetuados por clientes de instituições financeiras, tanto nas agências quanto nos terminais eletrônicos. Entre outras medidas, o projeto prevê a proibição do uso de telefone celular nas agências bancárias. Geralmente, o golpe envolve ao menos duas pessoas. Um criminoso fica no interior da agência para avisar o comparsa, que está do lado de fora, quem será a vítima.

O projeto também propõe a instalação de câmeras de vídeo no interior e do lado de fora das agências com o objetivo de fiscalizar o movimento dos assaltantes. Em caso de roubo, os bancos seriam obrigados a ceder as imagens para a polícia. Para evitar que as quadrilhas observem os saques, os bancos também precisariam instalar biombos nos guichês.

O projeto tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa. O deputado Délio Malheiros (PV) acredita que a sanção do governador pode ocorrer até agosto. O texto prevê multa aos bancos que descumprirem as medidas. Os representantes das instituições financeiras presentes na reunião desta quarta não quiseram conversar com a imprensa.