Rio de Janeiro - Em busca de aprofundar o conhecimento sobre os direitos humanos e destacar a sua importância na segurança pública, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, em parceira com a Polícia Militar, realizou hoje (12) um workshop para oficiais e agentes da corporação.
O comandante geral da Polícia Militar, Mario Sérgio de Brito, destacou os avanços com a polícia comunitária instalada no Rio e apontou a importância de se produzir conhecimento sobre o tema e estabelecer o diálogo entre as instituições.
;Antigamente eu lutava contra essas ideias internamente na corporação, dava a impressão que apontavam todos os agentes e a corporação como violadores dos direitos humanos. Com o tempo a gente vai vendo com os olhos do espírito e vê a necessidade de produzir conhecimento e travar um diálogo com os promotores dos direitos humanos que nos viam como algozes;, afirmou Mario Sérgio.
José Raimundo Batista, defensor público geral do Estado do Rio de Janeiro, e o presidente da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa estadual, deputado Marcelo Freixo (P-SOL), destacaram a necessidade de os direitos humanos serem defendidos em benefício dos policiais. Ambos observaram que os agentes são mal remunerados, às vezes têm má formação e enfrentam diversos desafios.
;O maior desafio na segurança pública no Rio é acabar com essa lógica que se perpetuou e, infelizmente, se transformou em política pública afastando o direitos humanos da segurança pública. Temos de debater também os direitos desses policiais, porque se eles são violados o debate fica ainda mais árduo. É um desafio pedagógico, essa demanda existe e a aproximação é necessária;, disse Freixo.
O evento Polícia Militar e os Direitos Humanos ocorre durante todo o dia de hoje (12), no auditório da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, com a presença de parlamentares, advogados, e grande parte da cúpula da Polícia Militar carioca.