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Ministério da Saúde busca aprimorar estatísticas de mortalidade materna

A principal causa de morte materna, em todo o país, é a hipertensão, seguida por hemorragia, infecção puerperal, aborto e doenças do aparelho circulatório que sofrem complicações pela gravidez, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Desde 2003, as estatísticas do ministério são mais exatas. As notificações por morte materna se tornaram compulsórias e os estados têm um prazo de 24 horas para informar a causa da morte ao governo federal. Há também um índice de correção federal, que leva em conta as mortes não registradas. "No Paraná, que tem uma vigilância rigorosa, o fator de correção acaba aumentando as estatísticas de morte. A tendência é elaborarmos um fator estadual", garante Adson França, assessor especial do ministro da Saúde José Gomes Temporão. Apesar dos esforços em garantir números exatos, existem problemas, como as mortes causadas por abortos ilegais que não são contabilizadas. Apenas alguns estados, como o Ceará, investigam os óbitos registrados em cemitérios de todas as mulheres em período fértil. O governo assumiu o compromisso com a Organização das Nações Unidas (ONU) de reduzir em 75% a mortalidade materna entre 1990 e 2015. Até 2009 os índices caíram em 46%. "Nosso grande desafio é garantir a lei que vincula o pré-natal ao parto, para que a mulher saiba em qual hospital irá dar a luz. Isso é fundamental numa gravidez de risco", avalia França.