Rio de Janeiro - A megaoperação operação realizada pela Polícia Civil na manhã deste domingo (2/5) no Complexo da Maré resultou na morte de seis pessoas, das quais cinco são suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas e uma é moradora da comunidade.
A ação, realizada com o apoio tático de um helicóptero da Polícia Civil, teve o objetivo principal de combater as diversas quadrilhas que controlam a venda de drogas na região e os assaltos a condutores de carros e motos.
A operação começou nas primeiras horas da manhã, quando de 250 a 300 policiais de várias delegacias especializadas e distritais ocuparam as favelas Nova Holanda e Parque União. Houve troca de tiros e, além das mortes, algumas pessoas ficaram feridas.
Nesta tarde, ao fazerem um balanço da operação, na 37; Delegacia de Polícia, na Ilha do Governador, zona norte da cidade, policiais anunciaram a prisão de cerca de 20 suspeitos. Foram apreendidas várias granadas, 1,5 mil papelotes de cocaína, 6 quilos de maconha, pistolas, fuzis, 25 motos e dez carros roubados. A polícia desmontou ainda um esquema que funcionava em um galpão para a recuperação e fabricação de armas.
As informações iniciais da Polícia Civil indicam que um dos mortos é o traficante Alessandro Francelino dos Santos, conhecido como Pitoco, acusado de ter assassinado o repórter fotográfico do jornal O Dia, André Alexandre Azevedo, de 34 anos, durante tentativa de roubo da moto do fotógrafo na Avenida Brasil, no subúrbio da cidade.
A operação na Maré foi comandada pelo delegado Ronaldo Oliveira, do Departamento-Geral de Polícia do Rio. A ação teve o objetivo de encontrar provas para indiciar uma quadrilha especializada em roubo de carros e motos que vinha atuando na região.
Por causa da troca de tiros, o trânsito chegou a ser interditado na Linha Vermelha, no sentido centro, e os motoristas tiveram que utilizar a Avenida Brasil ; a principal ligação entre as zonas norte e oeste e o centro da cidade.