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Ex-sócio revela detalhes das torturas feitas pelo bando da degola

A Polícia Civil colheu nesta segunda-feira (26/4) o depoimento do ex-sócio do estudante de Direito Frederico Flores, suspeito de comandar uma quadrilha envolvida em esquema de extorsões, lavagem de dinheiro e homicídios. O grupo, que ficou conhecido como "bando da degola", matou e decapitou dois empresários em Belo Horizonte.

O publicitário Víncius Mol foi sócio em uma agência de Comunicação durante dois anos. Ele prestou depoimento para a delegada Helenice Ferreira, que preside o inquérito sobre o caso. Segundo o advogado da testemunha, Mol quis acabar com a sociedade após a tortura do ex-superintendente regional do Trabalho, Carlos Calazans.

Frederico não gostou da decisão e também torturou Vinícius. Ele foi amarrado e humilhado pelo estudante de Direito. O publicitário teria recebido também golpes de canivete no rosto e costas.

Além de Vinícius, a polícia também investiga as ligações de um outro empresário como bando. A testemunha teria relações com com Rayder Rodrigues e Fabiano Moura, as duas vítimas da quadrilha. Segundo apurações dos investigadores, esse empresário seria o próximo alvo dos suspeitos e poderia também ser torturado e executado.

Ao todo, sete pessoas estão presas por ter algum envolvimento nos crimes. Um oitavo suspeito é procurado pela polícia. Investigadores da Divisão de Crimes contra a Vida mantém as buscas ao advogado Luiz Astolfo Bueno. Caso ele não se apresente até o final desta segunda-feira, a polícia poderá pedir a prisão preventiva do advogado.

Com isso, ao contrário da prisão temporária, ele ficará detido até o final do processo na Justiça, ou enquanto os magistrados julgarem necessário.