A chuvas e o calor são os principais fatores citados pela chefe da Divisão de Controle de Vetores de Ribeirão Preto, Cristina O;Grady, para explicar o crescimento da dengue no município. Além disso, segundo ela, uma parte da população é especialmente suscetível a contrair o vírus por nunca ter sido infectada antes.
De acordo com O;Grady, a prefeitura está fazendo o controle dos focos do mosquito transmissor com 300 agentes, pulverizando com inseticida os locais mais críticos. Também estão sendo realizadas ações de mobilização social e de conscientização da população para o combate aos criadouros do Aedes aegypti. ;80% dos focos[ do mosquito] estão dentro das casas;, disse.
O professor de saúde pública da Universidade de São Paulo (USP), Gonzalo Vecina, confirmou que o clima chuvoso e quente oferecem as condições para a multiplicação de focos do mosquito transmissor. Fatores que, de acordo com o especialista, estão fortemente presentes em Ribeirão Preto. ;Pelas condições do clima, Ribeirão Preto é uma cidade que deveria merecer uma atenção muito mais rigorosa por parte das autoridades sanitárias;.
Como exemplo da importância da preparação do Poder Público e a colaboração da sociedade para combater a doença, Vecina citou o trabalho de prevenção realizado na cidade de São Paulo que registrou 912 casos de dengue numa população muito maior, apesar do clima propício verificado no início do ano. ;Não acho, portanto, que água [chuva] e calor sejam igual a epidemia;, afirmou.