Duzentos manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) continuam de vigília, por tempo indeterminado, na sede da Superintendência do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no centro do Rio. De acordo com o representante do Diretório Nacional do MST no Rio, Marcelo Durão, o diálogo está avançando e uma equipe de negociação, com 30 pessoas, está em reunião com o superintendente do Incra nesta manhã (20).
;O sentimento é de que está avançando, o diálogo começou muito ruim. O Incra está construindo prazos para a área de vistoria, entre outras necessidades do movimento", afirmou Durão. Segundo ele, a prioridade é o assentamento para as 800 famílias no Rio, além da proposta nacional das 90 mil famílias acampadas em todo o Brasil.
O MST divulgou em sua página na internet as principais reivindicações para o Rio de Janeiro, e o imediato reassentamento das famílias acampadas vem em destaque. As políticas públicas de desenvolvimento para os assentamentos criados no atual governo que não foram implantadas, tais como parcelamento, habitação definitiva, luz, estradas e créditos, segundo o MST, também são fundamentais para o processo da reforma agrária no estado.
A ação faz parte da Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária, que este ano tem como lema Lutar Não é Crime. Uma mobilização nacional , chamada Abril Vermelho, ocorre todo ano nesse período, para lembrar o conflito, ocorrido há 14 anos em Eldorado dos Carajás (PA), quando 19 lavradores foram mortos em confronto com a Polícia Militar.