Segundo o diretor do instituto, Otávio Mercadante, a integração entre os cientistas e o setor privado ainda é uma dificuldade a ser superada no desenvolvimento da pesquisa no Brasil. ;A indústria brasileira agora que está despertando e incluindo na sua estratégia a questão da inovação e do investimento em pesquisa;, ressaltou.
O Butantã atua há mais de quatro anos na Amazônia. Até o momento o projeto tem se focado na identificação de espécies da biodiversidade que possam ser utilizadas para o desenvolvimento de medicamentos. As ações do instituto nesse tipo de pesquisa são focadas, principalmente, na utilização de animais peçonhentos.
Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento local, o projeto do Butantã na Amazônia pretende formar especialistas, com nível de doutorado, nativos da região, conforme destacou Mercadante. ;A gente acredita que consegue realmente passar a mensagem do desenvolvimento sustentável da Amazônia, do desenvolvimento científico, principalmente, para que se tenha aquela população tradicional ribeirinha conseguindo realmente dar saltos no conhecimento e se fixar na região;.
O ideal, na opinião de Mercadante, é que grande parte desse doutores passem a trabalhar dentro das indústrias. ;A indústria tem que perceber a importância e empregar doutores na suas unidades de pesquisa e desenvolvimento. Ao contrário de outros países do mundo, o Brasil tem pouquíssimos doutores na indústria. Precisamos ter mais doutores na indústria do que na academia, como acontece em outros países;, afirmou.