A Promotoria dos Direitos Humanos de São Paulo abriu um inquérito para investigar ações da Guarda Civil Metropolitana contra moradores de rua da capital paulista. O promotor responsável pelo caso, Eduardo Valério, afirmou hoje (15) que apuração visa a verificar possíveis irregularidades cometidas por integrantes da força.
;Precisamos apurar o que está acontecendo, pois eu entendo que morador de rua não é problema de polícia, mas de assistência social;, disse, em entrevista concedida na Câmara de Vereadores de São Paulo, onde foi criada hoje uma frente parlamentar para apurar a situação dos moradores de rua que vivem no município.
Valério explicou que a abertura do inquérito foi motivada, principalmente, por uma portaria da prefeitura de São Paulo estabelecendo que os guardas metropolitanos também devem ;contribuir para evitar a presença de pessoas em situação de risco nas vias e áreas públicas da cidade;.
Com a portaria, os guardas passam a ser responsáveis pela abordagem dos moradores de ruas, independentemente da presença de assistentes sociais. Antes da portaria, publicada no último 1; de abril, a companhia de um assistente social era obrigatória.
A prefeitura de São Paulo informou, por meio da assessoria de imprensa, que os guardas metropolitanos receberam treinamento para o exercício desse tipo de atividade. A administração também informou que a abordagem de cidadãos em situação de risco pelos guardas já é feita há algum tempo.