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Júri de acusados da morte de cacique é adiado

São Paulo - O julgamento de três acusados de matar o cacique Guarani-Kaiowá Marcos Veron, marcado para esta segunda-feira (12/4), foi adiado para o dia 3 de maio. O motivo foi um atestado médico apresentado pelo advogado de defesa, Josephino Ujacow. O escritório de Ujacow informou que ele estava hospitalizado, mas não revelou qual era o problema de saúde dele.

O crime ocorreu em janeiro de 2003, no município de Juti, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a morte do cacique Veron ocorreu durante ataques ao longo de dois dias contra os índios que estavam acampados na fazenda Brasília do Sul, reivindicada por eles como terra indígena Takuara.

O procurador do caso, Vladimir Aras, lamentou o adiamento. Segundo ele, houve prejuízo para a União, que custeou toda a estrutura necessária para o júri, como o deslocamento e acomodação das testemunhas e réus, sem resultados. Além disso, Aras ressaltou a decepção das vítimas sobreviventes e da comunidade indígena ;que estavam esperando há sete anos que o julgamento acontecesse hoje;.

Foram indiciados pela morte do cacique Estevão Romero, Carlos Roberto dos Santos e Jorge Cristaldo Insabralde. Um quarto réu, Nivaldo Alves de Oliveira, está foragido e, por isso, é processado em uma ação separada dos demais. O MPF também move outra ação na qual são denunciadas 24 pessoas, inclusive o dono da fazenda onde ocorreu o crime.