O Rio de Janeiro vive um cenário de horror e catástrofe, como definiu o governador Sérgio Cabral, em visita ao Morro do Bumba, em Niterói. Além das chuvas que mataram até agora 180 pessoas em todo o estado, houve nesta quinta-feira (8/4) o alerta de um arrastão no centro de Niterói e um atentado na Barra da Tijuca que matou um jovem de 17 anos e deixou duas pessoas feridas.
[SAIBAMAIS]A chuva que continua a cair desde segunda-feira (5/4) e os deslizamentos de terra deixam a população com medo e causam transtornos aos moradores dos municípios que estão em estado de alerta. O número de mortes não para de subir, principalmente em Niterói, onde há dezenas de casas soterradas. Os bombeiros estimam que havia cerca de 200 pessoas no Morro do Bumba, área que sofreu deslizamento de terra na noite de quarta-feira (7/4). Niterói é um dos locais mais atingidos pela chuva e soma o maior número de vítimas: 105 mortos até esta noite, de acordo com balanço do Corpo de Bombeiros do Rio.
Arrastão
Não bastasse a catástrofe causada pelas fortes chuvas, o boato de de um arrastão que teria começado no centro de Niterói, nesta tarde, deixou os moradores e comerciantes em pânico. O principal centro de compras da cidade, o Plaza Shopping, lojas e agências bancárias nas ruas João Pessoa e Sete de Setembro, em Icaraí, foram fechadas com o alerta. Alguns carros chegaram a andar na contramão para evitar as áreas.
A Polícia Militar foi às ruas do centro e de Icaraí, em Niterói, e recomendou que as pessoas não saissem de casa. Mais tarde, a PM afirmou, que apesar do alerta, não houve arrastão. Toda a confusão teria iniciado com um protesto de moradores do Morro do Estado, no Centro do município, e alguns suspeitos aproveitaram o tumulto para assaltar uma loja.
Atentado
Um suposto atentado na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, na tarde desta quinta-feira, matou um adolescente de 17 anos e deixou dois feridos. Segundo testemunhas, um motoqueiro causou a explosão, com três granadas que atingiram o carro do contraventor Rogério Andrade.
Rogério é acusado de mandar matar o primo, Paulinho Andrade, herdeiro e filho do bicheiro Castor de Andrade. O crime aconteceu em 1998.
Internado em um hosítal da Zona Oeste do Rio de Janeiro, Rogério não corre risco de morte. Seu filho Diego, de 17 anos, que estava no carro, não resistiu aos ferimentos.