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Morre uma das gêmeas siamesas pernambucanas separadas na semana passada

Seis dias após a cirurgia de separação, uma das gêmeas siamesas pernambucanas morreu na manhã desta terça-feira (6/4). A causa da morte de Maria Luíza foi falência múltipla de órgãos. A criança teve uma parada cardíaca na manhã da última segunda-feira e mais quatro hoje. A última foi irreversível.

A irmã, Maria Luana, continua em estado grave. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Materno Infantil de Goiânia, Goiás, onde foi feita a cirurgia de separação. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde daquele estado, Luana está estubada, sedada e fazendo hemodiálise. O estado de saúde dela ainda é considerado grave, mas o quadro clínico dela já apresentou melhora e é possível que a menina não precise ser submetida à hemodiálise amanhã.

Luíza e Luana nasceram em 11 de novembro de 2008, ligadas pela bacia. As meninas pesavam 3,6 Kg e tinham apensas um fígado, um rim, bexigas interligadas e comungavam dos mesmos intestinos delgado e grosso. Elas nasceram com três pernas.

O caso gerou comoção, principalmente depois que os médicos pernambucanos disseram que não fariam a cirurgia de separação. Na época, a principal justificativa era o risco de acabar sacrificando uma das meninas para dar uma vida mais normal à outra. Os especialistas justificavam que fazer isso seria antiético e até criminoso.

Os pais, no entanto, estavam dispostos a correr o risco. Após ler uma matéria do Diario, o médico goiano Zacarias Calil entrou em contato com a família de Luana e Luíza e se propôs a estudar o caso. Antes, o especialista já havia operado pelo menos cinco gêmeos siameses brasileiros. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde de Goiás, a cirurgia
foi planejada com um mês de antecedência e mobilizou uma equipe multiprofissional. Calil afirmou que o caso das pernambucanas foi um dos mais difíceis que ele já operou.

Por Juliana Colares, da equipe do Diario