Jornal Correio Braziliense

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Número de mortos no Rio chega a 26, informa prefeito

- Os mortos em consequência dos deslizamentos no município do Rio de Janeiro já chegam a 26. A informação foi dada pelo prefeito Eduardo Paes, em entrevista coletiva na sede da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET-Rio), de onde está sendo coordenado o trabalho de atendimento às vítimas do temporal. Vinte pessoas estão desaparecidas, informou a Defesa Civil Municipal.

Grande parte das mortes, segundo o Corpo de Bombeiros, foi causada por deslizamentos de terra ou desabamentos.

De acordo com a corporação, as pessoas foram mortas e feridas em 22 desabamentos e dez deslizamentos de terra, ocorridos em cinco morros da capital (Santa Teresa, Borel, Andaraí, Macacos e Turano) e nas cidades de Niterói, Grande Rio, e Petrópolis, na Região Serrana.

Segundo a Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro, foram registrados apenas na cidade 140 deslizamentos de terra e 26 desabamentos de imóveis.

Barreiras de rodovias caem e pontes ameaçam ceder

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a situação das rodovias no estado do Rio é complicada, em razão dos temporais registrados nas últimas horas. Apesar da trégua da chuva em alguns pontos, foram registrados rolamentos de pedras, quedas de barreiras e até mesmo uma ponte em risco de ceder.

Caos no trânsito

O Rio Maracanã transbordou provocando um verdadeiro caos no trânsito. Com o transbordamento do rio, a Praça da Bandeira encheu e a situação persiste até o momento.

Os motoristas que saíam do trabalho no final da tarde de ontem (5/4) e tentavam passar pelo trecho ficavam presos no engarrafamento. Muitos deles foram obrigados a abandonar os carros e procurar abrigo em local seguro. Os bombeiros chegaram a usar botes salva-vidas para resgatar pessoas que ficaram presas com o transbordamento do Rio Maracanã. Até quem estava dentro de ônibus precisou ser resgatado.

Muita gente ficou sem condições de ir para casa porque a Avenida Brasil, principal ligação do centro com as zonas norte e oeste do Rio ficou com vários bolsões d;água. Os trens do ramal de Saracuruna trafegaram apenas a partir de Bonsucesso. Isso porque a linha do trem alagou em Manguinhos e as composições não conseguiam chegar à Estação Central do Brasil.

O temporal veio acompanhado de uma ventania, que chegou a registrar mais de 70 quilômetros por hora na altura do Forte de Copacabana. Na zona sul, houve um deslizamento de terra que interditou a Avenida Niemeyer, em São Conrado, nos dois sentidos. O mesmo acontece no Alto da Boa Vista, onde uma árvore caiu fechando a estrada.

Por medida de segurança, a prefeitura resolveu interditar a Estrada Grajaú-Jacarepaguá nos dois sentidos, devido a um deslizamento de terra na noite passada. A interdição permitirá que os técnicos da Defesa Civil façam uma avaliação rigorosa das reais condições da estrada.

A prefeitura distribuiu um boletim de alerta pedindo que as pessoas evitem deslocamentos mais longos, devido ao risco de ficarem presas em engarrafamentos, devido ao alagamento das pistas em vários pontos da cidade. O prefeito Eduardo Paes recomenda que as pessoas não saiam de casa para o trabalho porque a situação ainda é crítica na cidade. As aulas foram suspensas em todo o município.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) fechou as pistas da Ponte Rio-Niterói, sentido Rio, por causa dos alagamentos na chegada à capital. No sentido Niterói, as pistas permanecem abertas, mas a orientação é para que os motoristas também não sigam em direção a Niterói ou São Gonçalo, que também registram muitos pontos de alagamentos e falta de luz.

Na zona oeste, a situação é caótica com lixo espalhado pelas ruas, que permanecem alagadas. Poucos ônibus estão circulando e alguns fazem um trajeto totalmente diferente para poder chegar ao destino.

Aeroportos

O mau tempo também prejudica as operações de pousos e decolagens nos aeroportos da cidade. O Santos Dumont não abriu e no Internacional Antônio Carlos Jobim as operações estão sendo feitas com auxílio de instrumentos.

Com informações da Agência Brasil