Brasília - Quinze meses após ser castigada pelas chuvas que atingiram Santa Catarina no final de 2008 e que deixou um saldo de 35 mortos na cidade, Ilhota, no Vale do Itajaí, ainda sofre com as consequências da catástrofe. Com parte dos danos ainda não recuperados, a cada forte chuva os riscos de novos estragos aumentam.
Nesta quinta-feira (25/3), a prefeitura decretou situação de emergência, alterado hoje para estado de atenção, devido à quantidade de alagamentos e a três deslizamentos de terra causados pelas chuvas dos últimos dias. Segundo a Defesa Civil municipal, embora a situação no momento esteja sob controle, há previsão de chuvas fortes que podem chegar a até 100 milímetros nas próximas 24 horas. Somente durante a madrugada quarta-feira (24) choveu 78 milímetros, o que deixou ao menos 152 famílias desalojadas.
Segundo Tatiana Reichert, presidente da Associação dos Desabrigados e Atingidos da Região de Baús, um dos bairros mais afetados em 2008, o risco de novas ocorrências ainda é uma realidade.
;Mais de um ano depois da tragédia nós ainda estamos tentando recuperar algumas áreas, mas o que de fato precisamos é de ações de prevenção. Ainda há movimentação de terra, pequenos deslizamentos e ribeirões assoreados, o que faz com que qualquer chuva alague ruas e avenidas;, afirmou Tatiana à Agência Brasil.
Por telefone, o coordenador da Defesa Civil no município, Paulo Roberto Bruno, confirmou que ;a ferida ainda está aberta;, principalmente na região do Complexo do Baú.
;Estamos mapeando estas áreas. Ontem mesmo eu fui aos ministérios da Integração e das Cidades pedir recursos para podermos realizar um levantamento das áreas de risco. Estamos discutindo inclusive a possibilidade de evacuar a área se ficar constatado o risco;, disse Bruno, alegando que a prefeitura tem recebido recursos federais e estaduais, mas que nem sempre a liberação ocorre na velocidade desejada.