Jornal Correio Braziliense

Brasil

Alexandre Nardoni chora e nega ter matado a filha

No quarto dia de julgamento, nesta quinta-feira (25/3), Alexandre Nardoni negou que tenha matado a filha, Isabella, de 5 anos. Em depoimento como réu, no júri popular no qual responde pelo assassinato da menina, Nardoni chorou e disse que a morte de Isabella foi a pior coisa que podia ter acontecido em sua vida. [SAIBAMAIS]Nardoni começou o depoimento negando o crime. Relatou como foi o dia do casal no dia 29 de março de 2008 e disse que eles chegaram ao edifício London, onde moravam, à noite, depois de terem ido a um supermercado em Guarulhos, onde foram filmados pelo circuito interno. O acusado afirmou que foi tudo normal até a chegada da família ao Edifício London e que os filhos dormiam no carro. Nardoni também negou que tenha discutido com Anna Carolina Jatobá dentro do carro. Alexandre Nardoni voltou a relatar a versão que apresenta desde que a filha foi jogada pela janela, a de que deixou Isabella dormindo no quarto e foi à garagem buscar os outros dois filhos. Quando voltou ao apartamento, viu a luz do quarto de Isabella acesa e a tela da janela cortada. Ainda com o filho Pietro no colo, colocou a cabeça para fora da janela e viu Isabella caída no jardim. Nardoni chorou muito ao relatar o momento em que a médica do hospital deu a notícia de que Isabella havia morrido. "Foi o pior dia da minha vida, eu perdi tudo de mais valioso que tinha", afirmou o réu. Julgamento O julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá começou na segunda-feira (22/3). Isabella Nardoni tinha 5 anos quando foi encontrada no jardim do prédio onde moravam o pai e a madrasta, na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. Desde então, Anna Carolina Jatobá e Alexandre Nardoni são acusados de homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. No entanto, o casal sempre negou as acusações e alega que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.