Mal começou o ano letivo e mais de 550 mil alunos da rede pública estadual da Paraíba vão ficar sem aulas a partir da próxima segunda-feira, dia 1; março. Os trabalhadores em educação da Paraíba, incluindo os professores, deflagraram, na tarde desta sexta-feira, dia 26, greve por tempo indeterminado.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), mais de 500 profissionais estiveram presentes na assembleia geral realizada na sede da entidade.
A decisão pela paralisação veio após o desentendimento entre Governo do Estado e categoria a respeito do valor do piso salarial nacional. ;O governo do estado vinha cumprindo com as obrigações até o final do ano passado, mas a partir desse ano deixou de cumprir com o que determina a lei;, disse Antônio Arruda, presidente do Sintep-PB.
Após o fim da assembléia, todos os presentes seguiram em passeata até o Palácio da Redenção, como forma de pressionar o Poder Executivo.
;Além do pagamento do piso reivindicamos melhorias nas escolas, a realização de concursos públicos e o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para os servidores não docentes;, explicou o secretário de comunicação do Sintep, Edvaldo Faustino.
A assessoria da Secretaria Estadual de Educação afirmou que a determinação do Governo Federal pelo pagamento do piso salarial nacional, principal reivindicação da categoria, continua sendo cumprida pelo Governo do Estado.
;O Governo já está pagando o piso, mas com o valor referente a 2009 que é o que ainda está em vigor. O Ministério da Educação (MEC) ainda está elaborando o piso que será pago em 2010. Assim que o novo piso for definido a gestão estadual irá pagar o valor determinado;, afirmou a assessoria.
Ainda de acordo com a Secretaria da Educação, o Governo está aberto a negociações e caso a categoria deseje realizar uma reunião na próxima segunda-feira, o secretário com certeza irá recebê-los.
;Não se pode definir agora um valor que poderá não condizer com que o MEC determinar futuramente. De qualquer maneira, o governo Maranhão está aberto a negociações;.
Faustino, entretanto, informou que até o início da noite desta sexta-feira, ninguém do governo havia entrado em contato com o sindicato.