Segundo informações ainda não confirmadas, a polícia deve realizar uma reprodução simulada do assassinato da alemã naturalizada italiana Jennifer Marion Nadja Kloker, 22 anos, na noite desta segunda-feira (22/2). Ela foi encontrada morta às margens da BR-408, em São Lourenço da Mata (PE), na manhã de quarta-feira passada.
Durante o final de semana, jornais italianos noticiaram que a jovem tinha um relacionamento tumultuado com o companheiro, Pablo Tonelli, pai do seu filho de dois anos e também naturalizado italiano. O corpo de Jenny foi encontrado no veículo alugado pela família, abandonado por trás da delegacia de São Lourenço da Mata e localizado pela própria locadora.
O mistério em torno do crime ganha força a partir de contradições. Há dúvidas sobre o roteiro feito pelo carro, equipado com GPS (rastreador). O itinerário marcado no aparelho contradiz a versão da família, que conta ter sido abordada na saída do Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Curado, e obrigada a seguir com os dois assaltantes no sentido São Lourenço da Mata pela BR-408. No meio do caminho, todos teriam descido do carro, e apenas Jennifer teria seguido com os criminosos por estar muito nervosa.
Contratado por Pablo Tonelli, o advogado criminalista Célio Avelino disse na tarde desta segunda acreditar na inocência do cliente. ;Ele me contratou para ajudar a encontrar os responsáveis pelo crime, não como um advogado criminalista reconhecido;, afirmou Avelino.
Na última sexta-feira, o delegado Alfredo Jorge, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conseguiu autorização da Justiça para que Pablo Tonelli e seus pais fossem impedidos de sair do país.
Segundo a polícia, a família tinha viagem marcada para o dia 20 de março. Mas no dia seguinte ao crime, a mãe de Pablo, Delma Freire, comentou na delegacia que eles pretendiam antecipar o retorno à Itália para a quinta-feira da semana passada. A expectativa agora gira em torno dos resultados das perícias realizadas no local onde o corpo de Jenny foi encontrado.