O Ministério Público do Trabalho informou nesta segunda-feira (22) que está atento à greve dos rodoviários da Grande Belo Horizonte para tomar as providências judiciais necessárias para o restabelecimento do serviço de transporte coletivo.
Segundo o procurador Eduardo Maia Botelho, a possibilidade de instaurar dissídio está sendo avaliada, dependendo da evolução das negociações entre patrões e empregados. "O MPT não pode atropelar as negociações entre patrões e empregados;, afirma.
[SAIBAMAIS]O MPT entende que os trabalhadores cumpriram o dispositivo legal que obriga a comunicação da greve com 72 horas de antecedência e que, portanto, ainda não pode intervir no movimento.
A greve prejudica cerca de 1 milhão de usuários de transporte coletivo na região metropolitana, segundo estimativa do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Transporte Coletivo. Segundo a categoria, a greve tem como objetivo pressionar as empresas a conceder aumento salarial e promover melhorias nas condições de trabalho.
Os trabalhadores reivindicam 37% de aumento, jornada de seis horas de trabalho e compensação das horas, manutenção da função de despachante e cobrador, pois em algumas linhas este trabalho é feito pelo motorista.
Em nota, as empresas argumentam que apresentaram ao sindicato uma proposta de reajuste que coloca os trabalhadores do setor entre os de maior remuneração entre nas capitais do país. O texto divulgado pelos patrões adverte que ;a ausência ao trabalho pode representar demissão por justa causa por descumprimento da Lei de Greve;.
Com informações do Ministério Público do Trabalho