Jornal Correio Braziliense

Brasil

Fórum Social Mundial de 2010 tem público menor e pouca definição

Encontro em Porto Alegre e Salvador teve comparecimento abaixo do esperado. Nos dois locais estima-se público de 45 mil

O Fórum Social Mundial, realizado simultaneamente em Salvador e Porto Alegre, na semana passada, teve muita discussão, mas poucas definições. No Rio Grande do Sul, o evento teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de parte de seus auxiliares. Lula iria à Bahia, mas a crise de hipertensão adiou sua presença. Nem ele foi, nem os demais14 chefes de Nações convidados. O encontro que chamou a atenção no últimos anos foi um fracasso de público desta vez. [SAIBAMAIS]Na Bahia, o número esperado de participantes não se confirmou. Já em Porto Alegre, a plateia foi quase a mesma dos anos anteriores, até por ser o mais tradicional dos eventos. Ao contrário do ano passado, quando o Fórum Social reuniu cerca de 150 mil pessoas em Belém, no Pará, o público dos dois eventos, em Salvador e Porto Alegre, ficou aquém. Pelo menos 30 mil teriam passado pela capital gaúcha e sua região metropolitana ; onde também houve debates. O encontro baiano reuniu a metade do esperado. A previsão inicial de inscritos era de 30 mil pessoas, mas ficou em 15 mil. Em Salvador, com a falta de autoridades vip, apenas os movimentos sociais fizeram parte das discussões das mesas. A principal estava reservada para Lula e outros presidentes, mas ficou vazia. O evento na capital baiana foi realizado com patrocínio de R$ 750 mil divididos entre o estado governado pelo petista Jacques Wagner, candidato à reeleição, e o Banco do Nordeste. Jacques Wagner rebateu possíveis críticas. ;Acho engraçado, porque quando os governos conservadores patrocinam encontros de banqueiros ninguém estranha. Este é um governo que gosta da participação popular, por isso investe em encontros como este;, justificou o governador da Bahia. Em Porto Alegre, as tradicionais passeatas realizadas pelos movimentos sociais não ocorreram, como chegaram a ser anunciadas. Segundo os organizadores, o sol forte na capital gaúcha impediu os militantes de sair às ruas da cidade. Em Porto Alegre, o que ficou definido de concreto foi a realização de pressões em todo o mundo, principalmente para forçar um acordo climático pelas Nações Unidas no México, ainda em 2010. As propostas dos dois eventos foram semelhantes e focavam não apenas o meio ambiente, mas os movimentos sociais, a agricultura familiar, entre outros. Muitas das propostas serão levadas à Cúpula Mundial de Movimentos Sociais sobre a Mudança Climática, que será realizada em Cochabamba, na Bolívia. As sugestões e propostas serão também levadas para o encontro do fórum no próximo ano, que será em Dacar, no Senegal. <--
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