As dificuldades para atrair e manter jovens e adultos nas escolas foram debatidas ontem por especialistas, leitores e assinantes do Correio durante a 15; edição do projeto Dois Pontos, promovido mensalmente pelo jornal para aproximar a população ainda mais das notícias. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2007, quase 11 milhões de brasileiros frequentam essa modalidade de ensino. Desse total, estima-se que 42,7% desistem de concluir o curso.
Diretor de Políticas de Educação de Jovens e Adultos do Ministério da Educação (MEC), Jorge Teles comentou os problemas enfrentados por estudantes e professores que integram a Educação de Jovens e Adultos (EJA). ;Os alunos se dividem entre o trabalho e o estudo. No entanto, quando há dificuldade de conciliar as duas áreas, infelizmente, eles optam pela primeira opção.;
Ao fazer uma comparação das políticas para a EJA entre países, o especialista de Educação a Adultos da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, disse que enquanto as nações do Hemisfério Sul focam nos conteúdos escolares, as do Norte agregam habilidades para a vida. ;A educação pode acontecer em qualquer momento da vida, seja na igreja, sindicato ou família.;
Para o gerente de EJA do Distrito Federal, Edilson Rodrigues, é imprescindível que o educador adote táticas diferenciadas para cada turma. ;É preciso atrair e manter esses alunos na sala de aula;, afirma, ao lembrar que 76 mil pessoas estão inseridas nesse segmento no DF. Já a representante do Grupo de Trabalho Pró-Alfabetização do Fórum EJA do DF Leila Maria de Jesus disse que a culpa pela evasão não é somente do professor. ;Muitos estudantes precisam abandonar o curso para se dedicar ao trabalho, como é o caso dos trabalhadores rurais;, afirma.
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