A Riosoft, agente do programa Softex do governo federal no Rio de Janeiro, e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no estado (Sebrae-RJ) estão desenvolvendo um projeto para ajudar as lan houses instaladas em comunidades carentes a se legalizarem.
O ponto de partida do projeto foi a constatação de que essas casas, que prestam serviços de informática e jogos eletrônicos, têm mais dificuldade de saírem da informalidade quando funcionam dentro de favelas.
Segundo o diretor executivo da Riosoft, Benito Paret, o objetivo é ;dar uma formalidade maior ao trabalho que as lan houses desenvolvem e até ampliar o tipo de serviço que elas estão oferecendo;.
Além disso, a Riosoft acredita que as lan houses poderiam ser não só prestadoras de serviço de acesso à internet, mas poderiam funcionar também como centros de suporte para os usuários de computadores, em termos de manutenção e assistência técnica. ;Uma espécie de loja de conveniência digital situada dentro da comunidade;, explicou.
Paret defendeu que o Poder Público participe do esforço, facilitando o trabalho de legalização. Já a Riosoft e o Sebrae/RJ ajudariam os pequenos negócios a encontrar produtos e a ampliar o seu leque de atuação.
Pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na última Pesquisa Nacional sobre Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008, verificou que um terço dos contatos na internet são feitos por meio de lan houses. Entre os jovens de até 17 anos, 53,3% acessam a internet nesses estabelecimentos.