Depois de ter perdido um barco, serem intimados pela Capitania dos Portos, só restou fazer as malas e ir embora: os quatro espanhóis e uma equatoriana que estavam em São Luís desde a semana passada por causa do encalhe e destruição do iate Emma K, graças à força das marés maranhenses, aproveitaram a liberdade e sumiram do lugar no qual estavam hospedados gratuitamente, na Avenida Litorânea. Sem novos depoimentos dos aventureiros para apurar melhor os fatos, a Capitania dos Portos reunirá as informações colhidas e enviará para o Tribunal Marinho julgar o caso e definir as punições, que somente serão aplicadas caso os viajantes apareçam navegando novamente no Brasil, fato pouco provável.
A capitania dos Portos alegou que os navegantes deveriam ter prestado depoimento na última quarta-feira, contudo, os aventureiros não compareceram ao local e, quando procurados, pediram para que o processo fosse feito no dia seguinte. Eles aproveitaram a brecha e simplesmente ;sumiram do mapa;. Sem cumprir a legislação da Marinha e retirar por completo os restos do Emma K, foi preciso uma empresa de limpeza da Prefeitura passar pela praia do Calhau e terminar o serviço.
O inquérito da Capitania dos Portos tem prazo de 30 a 60 dias para conclusão e será enviado ao Tribunal Marinho. Como dito no início desta matéria, as punições - perda da carteira de habilitação de amadores dada para navegantes não profissionais e uma multa de valor ainda a ser definido - somente serão aplicadas caso os estrangeiros apareçam em mares brasileiros em outro barco. Os aventureiros podem pisar em solo do Brasil como turistas sem serem punidos, por exemplo.