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Angra dos Reis teme chuva que meteorologia prevê para o fim da tarde

Rio de Janeiro - A meteorologia está prevendo mais chuvas em Angra dos Reis, a partir do fim da tarde de hoje (13). Essa previsão preocupa o governo municipal e a Defesa Civil da cidade, temerosos de novos deslizamentos de lama e pedras, como o que ocorreu na virada do ano e deixou o saldo de 21 mortos no Morro da Carioca e de outros 31 na Praia do Bananal, em Ilha Grande. No início da noite de ontem (12) uma ventania, seguida de chuva, surpreendeu os moradores da cidade do litoral sul fluminense. Casas e prédios públicos foram destelhados e houve queda de árvores, danificando a rede elétrica em vários pontos da cidade. A concessionária de energia na região, a Ampla, informou que os morros da Carioca e do Abel continuam sem luz. As áreas mais atingidas foram o bairro do Retiro e a Estrada do Contorno, que continua obstruída por troncos de árvores derrubadas pela ventania. Nos três primeiros dias do ano a estrada ficou totalmente interditada devido a deslizamentos de terra, que deixaram alguns bairros praticamente ilhados. A apreensão da Defesa Civil é de que haja novos deslizamentos e uma nova tragédia como a da virada do ano. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de mais pancadas intensas de chuva ainda hoje (13). A quadra esportiva onde estão sendo armazenados os donativos recebidos para as vítimas dos deslizamentos foi parcialmente destelhada, mas os funcionários da Defesa Civil e voluntários conseguiram recuperar quase a totalidade das doações. O governador Sérgio Cabral homologou o decreto de estado de calamidade pública da cidade de Angra, publicado nessa terça-feira (12) no Diário Oficial. O decreto precisa ainda ser homologado pelo Ministério da Integração Nacional e só então o presidente poderá enviar medida provisória para a liberação de recursos. A prefeitura de Angra informou que demoliu ontem (12) mais dez casas interditadas no Morro da Carioca, onde 21 pessoas morreram na tragédia do Ano Novo. As demolições continuam até que as cerca de 100 casas em áreas de risco do morro sejam removidas, informou a assessoria de comunicação da prefeitura. Em todo o município, há 624 construções interditadas, de acordo com a Defesa Civil, e mais de 2.100 pessoas tiveram que deixar suas casas.

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