Rio de Janeiro - A Eletronuclear encaminhou nesta sexta (8) aos procuradores da República Fernando Amorim Lavieri e Daniela Masset Vaz documentos expedidos pelo ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR), general Jorge Armando Félix, ao comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto; ao comandante do Exército, general Enzo Martins Peri; e ao governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
Os três documentos comprovam as condições de implementação do Plano de Emergência Externo (PEE) das usinas nucleares Angra 1 e 2 pela estatal, em caso de eventual necessidade, mesmo sem a participação efetiva da prefeitura de Angra dos Reis, tendo em vista a tragédia ocorrida no município da Costa Verde fluminense na virada do ano.
A correspondência foi enviada pelo presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, em resposta a ofício do Ministério Público Federal, encaminhado ontem (7) à empresa.
A documentação esclarece que o ministro Jorge Armando Félix, como Coordenador Nacional do Sistema de Proteção ao Programa Nuclear Brasileiro (Sipron), ;está ciente da impossibilidade da Defesa Civil de Angra de implementar as providências que lhe são atribuídas no Plano de Emergência Externo das usinas nucleares;.
Por isso, o ministro pediu que a Marinha e o Exército colaborem com a Eletronuclear, disponibilizando equipamentos e pessoal para suprir essa deficiência temporária da prefeitura l. Foi pedido também ao governador Sergio Cabral reforço para a Defesa Civil do município, durante o período em que durar a atual situação de emergência na cidade.
O comunicado encaminhado ao Ministério Público Federal garante que o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSIPR) "permanece em condições de assegurar o planejamento integrado, coordenar a ação conjunta e a execução continuada de providências para atender às necessidades de segurança da população e do meio ambiente, relacionadas com o Programa Nuclear Brasileiro".
O presidente da Eletronuclear informou ainda que, em caso de emergência, a população será encaminhada aos mesmos locais definidos como abrigos, previstos no Plano de Emergência Externo (PEE).
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