Rio de Janeiro - A Justiça do Rio bloqueou os bens do vereador carioca Cristiano Girão, preso ontem (17), acusado de chefiar uma milícia na área de Gardênia Azul, na zona oeste do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada hoje (18) pelo Ministério Público Estadual do Rio, que fez o pedido de bloqueio dos bens móveis e imóveis do parlamentar.
Segundo o Ministério Público, uma investigação feita em parceria com a Secretaria de Segurança identificou 40 contas em 12 instituições financeiras, um apartamento na Barra da Tijuca, um sítio no interior do estado, dois terrenos na zona norte da cidade do Rio e um imóvel comercial em Jacarepaguá, além de seis carros.
Os bens estavam em nome do vereador, de sua mulher, de sua mãe e de uma ex-companheira. Mas, segundo o Ministério Público, as três não têm patrimônio para justificar a aquisição de todos os imóveis, o que levou à suspeita de lavagem de dinheiro do parlamentar.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Girão teria gasto R$ 680 mil em imóveis e veículos e movimentado R$ 2,2 milhões entre os anos de 2003 e 2007. Somando estes valores às operações realizadas pelos outros acusados de integrar a milícia de Gardênia Azul, a quantia movimentada pelo grupo pode chegar a R$ 3,3 milhões.
Doze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A Justiça decretou a prisão de nove pessoas, das quais cinco foram presas, entre elas Girão, um policial militar e um bombeiro.