Os advogados de defesa da estudante de turismo Geisy Arruda entraram nesta sexta com processo de indenização por danos morais contra a Universidade Bandeirantes (Uniban). Segundo o advogado da aluna, Nehemias Domingos de Melo, na ação foi sugerida pena de pagamento de R$ 1 milhão.
[SAIBAMAIS]"O valor tem caráter pedagógico. Se pedíssemos R$ 20 ou 30 mil à Uniban, esse dinheiro nem faria ;cócegas no bolso; da instituição, que não aprenderia com esse processo deplorável", disse o advogado de defesa. O processo foi protocolado na 9; Vara Cível de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Nehemias destacou que a aluna não pôde voltar à aula até o momento, por "falta de segurança e interesse da instituição", e teve negado o abono das faltas. "Se a universidade não abonar as faltas, como já negou em requerimento feito por mim, ela provavelmente vai perder o ano letivo. Tive de entrar com uma medida de urgência, pedindo ao juiz Rodrigo Borga Campos, que autorize que ela faça as provas, em caráter especial, em janeiro além de conceder o abono das faltas.
No dia 22 de outubro, Geisy foi hostilizada pelos colegas dentro da universidade em São Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista por usar um vestido curto para ir à aula. No dia 5 de novembro, a Uniban divulgou a expulsão da aluna em comunicado em jornais de grande circulação da capital. A defesa alegou que Geisy ficou sabendo que estava expulsa pelos jornais. No dia 7, a universidade voltou atrás e revogou a expulsão.
Na segunda-feira, os seguranças da Uniban serão ouvidos na 2; Delegacia de Proteção à Mulher de São Bernardo. A defesa de Geisy afirmou no dia 27 de novembro, em comunicado, que um segurança da universidade repreendeu a aluna quando já estava formado um tumulto por causa do vestido que ela usou para ir à faculdade. "Um segurança bateu boca com a Geisy na sala de aula e ficou dando lição de moral. Assim, ele acirrou ainda mais o ânimo dos estudantes, ao invés de apaziguar", defende Nehemias.