O estudante de física José André, 28 anos, saiu de seu quarto na residência universitária do campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para fumar um cigarro, por volta das 9h30 de ontem, e se deparou com uma cena assustadora: labaredas de cerca de 4m de altura consumiam o terreno baldio atrás do prédio. O Corpo de Bombeiros enviou duas viaturas,o helicóptero Potiguar 1 e um efetivo de 20 homens para combater o incêndio, que começou por trás do prédio do Restaurante Universitário e se alastrou por vários metros, atingindo o terreno por trás da residência. A área atigida equivale a três campos de futebol.
José André conta que, ao ver o incêndio, chamou os colegas que, a princípio, contiveram parte das chamas que avançavam contra o prédio da residência. "Jogamos água com uma mangueira daqui e o fogo não atingiu o prédio. Mas dava para ver as labaredas por cima das árvores, com 4m ou mais". Ele não sabe explicar o que pode ter dado início às chamas. "Quandovi, já tinha começado e o vento forte fazia ele se espalhar muito rápido". A segurança do campus universitário acionou os bombeiros, que começou a combater o fogo por volta das 10h.
Segundo o tenente-coronel bombeiro Paulo Rogério de Andrade Lima, chefe do serviço operacional do Corpo de Bombeiros, explica que a forte ventania que havia no local, combinado com a vegetação seca do terreno, contribuiu para o rápido e extenso alastramento do fogo. Isso também dificultou o trabalho dos bombeiros. Uma das viaturas chegou a ficar sem água durante o serviço. O helicóptero da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed) foi usado no apoio ao combate do incêndio. "A aeronave foi necessária para cobrir os pontos de difícil acesso, onde havia focos que não conseguíamos visualisar".
Altas temperaturas
Paulo Rogério diz que ainda é cedo para se saber a causa do incêndio. Mas, por sua experiência, ele afirma que as chamas podem ter sido provocadas por combustão espontânea, devido às altas temperaturas enfrentadas na capital potiguar nos últimos dias, ou mesmo pela ação do homem. "Alguém, por exemplo, pode ter tentado limpar o terreno com fogo e acabou perdendo o controle".<--# GFO FIM TEXTO GFO #-->