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Consumidores da Light alertaram empresa sobre aumento no consumo de energia

Rio de Janeiro - O Conselho de Consumidores da distribuidora de energia Light revelou nesta segunda (30) que, há seis meses, vem alertando a concessionária sobre a possibilidade de aumento no consumo de energia no Rio de Janeiro. Segundo o presidente do conselho, Antônio Florêncio de Queiroz, pesquisas da Federação do Comércio do Rio (Fecomércio) mostram que, desde maio, a compra de equipamentos elétricos, como ventiladores e arcondicionados, pelos cariocas vêm aumentando e que isso geraria aumento no consumo de energia.

Diante dos avisos, o presidente do conselho, que representa os diversos setores atendidos pela Light, como residências, comércios, indústrias e o Poder Público, acredita que a empresa deveria ter investido mais na manutenção e ampliação de sua rede de distribuição de energia. E isso, segundo Queiroz, poderia ter evitado os apagões da última semana em vários bairros da cidade, com prejuízos para os consumidores.

;Eu acho que até houve um investimento por parte da companhia, mas não o investimento suficiente para atendimento desse aumento de consumo. Em novembro, por exemplo, houve um aumento de quase 25%;, disse Queiroz.

A afirmação de que a Light vinha sendo informada sobre a possibilidade de aumento da compra de equipamentos eletroeletrônicos pelos cariocas contraria as explicações dadas pela própria empresa à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a Aneel, a Light informou que foi surpreendida pela onda de calor no Rio, que teria gerado um aumento no consumo de energia na cidade.

Para o presidente do Conselho de Consumidores da Light, um dos problemas enfrentados pela empresa é o combate ao furto de energia, que chegaria a 20%. Segundo ele, a distribuidora precisa investir muito para combater esse tipo de problema em detrimento do setor de manutenção e ampliação da rede.

Uma das soluções, de acordo com Queiroz, seria o aumento dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético para a área da Light. A conta é um fundo administrado pela Eletrobrás cujo dinheiro é usado em programas de universalização do acesso à energia, como o Luz para Todos.

Como na capital fluminense, segundo ele, o problema é de furto de energia e não de falta de acesso à luz, apenas cerca de 5% dos R$ 200 milhões que a Light repassou ao fundo retornaram como investimento. Até a publicação desta reportagem, nem a Light nem o Ministério de Minas e Energia haviam se pronunciado sobre o assunto.

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