Foi em 1963 que Camilo Teixeira da Costa começou sua trajetória nos Diários
Associados como redator do Estado de Minas. Com os diretores Geraldo Teixeira da Costa e
Theódolo Pereira, conciliou os aprendizados em administração e em comunicação.
Mas a redação não era sua parada definitiva. Estava escrito em algum canto das páginas
dos Associados que seu caminho era outro, o administrativo. E seguiu primeiro como
subgerente de rádio e televisão, depois como subgerente-geral, diretor-financeiro e
diretor-gerente. Uma trajetória ascendente, determinada pelo talento e pela capacidade de
comandar destinos de empresas e de pessoas que não parou por aí. Entre 1975 e 1994, foi
diretor executivo, quando ficou ainda mais evidente a determinação que marcou sua carreira.
Depois, tornou-se diretor-geral. Seu último cargo foi o de presidente do Conselho
Administrativo dos Diários Associados em Minas Gerais.
Condômino dos Diários
Associados desde 1976, Camilo foi também integrante da comissão de importantes jornais do
grupo e da comissão normativa permanente da Rede Tupi de Televisão, época em que enfrentou e
superou, ao lado de seus companheiros, grandes desafios. Ocupou ainda a Vice-Presidência da
Fundação Assis Chateaubriand. Formado em direito (diplomou-se em 1952), foi ainda fundador e
primeiro presidente da Cooperativa de Consumo dos Funcionários do Ipsemg e da Cooperativa de
Crédito Mútuo dos Diários Associados.
Esse currículo, que pode sugerir uma vida
reclusa entre papéis e números, não impediu Camilo de se dedicar à família e de exercer uma
de suas paixões: cantar, acompanhado por exímios violonistas. Não é preciso dizer que o
romantismo imperava. Sabia receber e fazer amigos. Era um negociador nato, que tinha
dificuldade em dizer não e sabedoria para saber o momento de dizer sim.
;Camilo
Teixeira da Costa foi um líder de seu tempo e um dos maiores construtores do jornalismo
mineiro. Ainda hoje, seu exemplo e dedicação a Minas inspiram as novas gerações. Tenho
certeza de que sua memória será honrada por seus conterrâneos;, disse o governador de Minas
Gerais, Aécio Neves, ao saber da morte de Camilo. ;A importância dele se traduz nos inúmeros
cargos que ocupou nos Diários Associados. Foi fundamental para superar momentos de crise,
como quando do fechamento arbitrário da TV Itacolomi. Trabalhou incansavelmente na
consolidação do Estado de Minas como um dos mais importantes jornais do país. É uma grande
perda para todos os mineiros;, lamentou Antonio Augusto Anastasia, vice-governador de Minas
Gerais.
Camilo, que faria 86 anos no próximo dia 11, foi casado com Nerly
Blázio, com quem teve quatro filhos, e com Solanda Teixeira da Costa, com quem teve dois.
Deixa ainda sete netos e duas bisnetas. Ele nasceu em Santa Luzia, na Grande Belo Horizonte,
e é lá, na cidade natal, que será velado, hoje, a partir das 9h. Seu enterro será às 17h, no
Cemitério do Carmo.
"Camilo Teixeira da
Costa foi um líder de seu tempo e um dos maiores construtores do jornalismo mineiro.
Ainda hoje, seu exemplo e dedicação a Minas inspiram as novas gerações;
Aécio Neves, governador de Minas Gerais
"Camilo Teixeira da Costa
trabalhou incansavelmente na consolidação do Estado de Minas como um dos mais importantes
jornais do país. É uma grande perda para todos os mineiros;
Antonio Augusto Anastasia, vice-governador de Minas
"O jornalista e empresário Camilo Teixeira da Costa se notabilizou como empreendedor no sentido exato da palavra; Marcio Lacerda, prefeito de Belo Horizonte