A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, qualificou de "absurda" a possibilidade dos países desenvolvidos deixarem de apresentar metas concretas de redução de gases causadores do efeito estufa, em dezembro, na conferência das Nações Unidas sobre o clima em Copenhague. O Brasil já assumiu publicamente o compromisso de reduzir de 36,1% a 38,9% as emissões de gás carbônico até 2020.
"É impossível que os maiores poluidores do planeta não sejam instados a colocar os números na mesa, concretos", completou a ministra em entrevista, neste domingo (22/11), em Brasília. Ela cobrou, ainda, a apresentação de metas pelos países desenvolvidos para disponibilizar aos países em desenvolvimento os recursos necessários que que as medidas de combate ao aquecimento global sejam adotadas.
[SAIBAMAIS]Dilma Rousseff lembrou que foi obtido um consenso nas reuniões preparatórias para o encontro de Copenhague de que, sem a apresentação de metas efetivas, seria impossível dar andamento a qualquer tentativa de acordo a fim de reduzir os gases causadores do aquecimento global.
A postura do Brasil, na reunião de Copenhague, será justamente neste sentido, afirmou a ministra. Dilma ressaltou que a adoção de compromissos obrigatórios pelos países desenvolvidos, quanto voluntariamente pelos países em desenvolvimento, será a postura brasileira no encontro.