Um levantamento feito pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio de Janeiro (Creci-RJ) mostra que está havendo dificuldade na captação de terrenos para construção de imóveis destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida no estado. O programa foi lançado em março deste ano pelo governo federal.
Segundo o presidente do Creci-RJ, Casimiro Vale, a dificuldade ocorre na maioria dos municípios. Ele disse que, na capital, o projeto ainda não "deslanchou" porque os terrenos prometidos pelo governo do estado não se viabilizaram devido a problemas de documentação. A exceção é a área de Campo Grande, na zona oeste da cidade, onde há grande número de terrenos disponíveis.
De acordo com Vale, em algumas regiões do estado, a grande valorização dos terrenos inviabiliza a execução do programa, que tem R$ 130 mil como limite de preço dos imóveis. Na capital, os terrenos mais valorizados ficam no Meier, na Tijuca, na Vila da Penha, na Ilha do Governador e em Jacarepaguá, ;porque a oferta é pequena;.
[SAIBAMAIS]Ele afastou a possibilidade de desequilíbrio no mercado imobiliário no estado por causa da demanda do programa, ;porque o deficit no setor ainda é muito grande;. Para ele, não há perspectiva de que isso ocorra nos próximos dois anos.
Casimiro Vale ressaltou que é a primeira vez que o governo federal busca atender às necessidades do setor habitacional, ;investindo na construção de imóveis para moradia;. Além de gerar empregos, o programa dá às pessoas condições de sair do aluguel e adquirir a casa própria, optando pela compra de um imóvel novo.
Vale destacou que a introdução de técnicas modernas de engenharia contribui para baratear os custos: ;Com as ideias novas de engenharia, é possível construir imóveis mais baratos do que os usados e, dentro das necessidades, com área de lazer e garagem, coisas que os imóveis mais antigos não têm. É possível oferecer [imóvel] mais barato e com melhor qualidade de vida. Esse é o caminho;.
O presidente do Creci-RJ disse ainda que alguns municípios fluminenses, como Itaboraí e Itaguaí, deverão atrair novos moradores com os investimentos que vêm sendo feitos em decorrência da construção do polo petroquímico e do arco rodoviário.