Jornal Correio Braziliense

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Violência no Brasil estará no foco das atenções da ONU na próxima semana

Por quatro dias o Brasil estará no foco das atenções da alta-comissária da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos de Direitos Humanos, Navanethem (Navy) Pillay. É a primeira vez que ela estará no Brasil. Crítica da posição israelense em relação ao conflito com os palestinos, Pillay visita o país no mesmo período que o presidente de Israel, Shimon Peres. Assessores das Nações Unidas tentam marcar audiências de Navy Pillay com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da Justiça, Tarso Genro, e de Relações Exteriores, Celso Amorim. Também devem ser agendados encontros com representantes da sociedade civil. A ideia é discutir questões como segurança pública, combate à pobreza e discriminação. A violência urbana, os confrontos entre policiais e integrantes de quadrilhas, além da proliferação do uso de drogas entre crianças e adolescentes devem ser alguns itens discutidos por ela na passagem pelo Brasil. Navy Pillay começa sua visita por Salvador (Bahia), depois segue para o Rio de Janeiro (Rio de Janeiro) e tem como último destino Brasília. A agenda dela ainda está sendo fechada pelos assessores, mas o objetivo é analisar todos os temas relativos aos direitos humanos no país. Recentemente a primeira brasileira a receber o Prêmio Anual de Human Rights First, Sandra Carvalho, reuniu-se com o relator especial das Nações Unidas sobre Execuções Sumárias e Extra-Judiciais, Philip Alston. Na conversa, a brasileira disse que Alston demonstrou estar preocupado com a ação violenta da polícia. Nas visitas que fez a outros países, Navy Pillay foi bastante incisiva em suas posições. Segundo ela, houve graves violações por parte do governo de Israel nos territórios palestinos ocupados. Também apelou pelo fim do bloqueio e para que os responsáveis sejam responsabilizados. De acordo com ela, há %u201Cnumerosos relatos%u201D de ataques do Exército israelense contra civis palestinos. Navy Pillay já se manifestou em favor da libertação de presos políticos na Rússia e no Timor Leste. Também defendeu a autonomia do Tibete no aniversário de 60 anos da fundação da República Popular da China, em outubro.