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Brasil

Governador do Rio considera 'atrasado e medieval' discriminar homossexuais

O governador do Rio, Sérgio Cabral, atacou o preconceito que ainda existe contra homossexuais, principalmente entre pessoas que estão no poder. Cabral participou da 14ª Parada do Orgulho Gay, na Praia de Copacabana. [SAIBAMAIS]"Não há nada mais nojento do que o preconceito. Eu saí de casa e o meu filho de sete anos perguntou aonde eu ia. Disse que ia na parada gay e expliquei a ele. Qual é o problema de um homem gostar de outro homem e uma mulher de outra mulher? É a opção sexual de cada um. Isso é tão atrasado, tão medieval. Eu lamento que haja político atrasado", criticou Cabral. Ele ressaltou que o estado é um dos primeiros a garantir direitos sociais e previdenciários a homossexuais: "Nós aqui no Rio avançamos, com garantia de pensão para companheiros de servidores homossexuais". O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que também participou da parada, relacionou a luta contra os preconceitos à defesa ambiental. "As duas causas que mais avançam no mundo são a ambiental e a dos direitos civis. É incrível como algumas pessoas do Parlamento e de governos vão contra uma maré civilizatória. Nós não seremos um planeta saudável com poluição e com preconceito", disse Minc. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou a criação de uma coordenadoria de governo só para tratar das causas homossexuais, a fim de garantir direitos e combater preconceitos e violência. Paes entregou uma bandeira com as cores do arco-íris a um dos líderes do movimento gay, Cláudio Nascimento, como um símbolo da abertura da cidade aos homossexuais. "O Rio é uma cidade aberta à diversidade. Economicamente, o turismo gay é muito importante", ressaltou Paes, informando que todos os hotéis da cidade estavam praticamente lotados por causa da parada.