Pelo menos três pessoas ficaram feridas com balas perdidas, um apartamento pegou fogo e um posto de saúde interrompeu atendimentos nesta sexta-feira (23/10) por causa de tiroteios durante a operação policial realizada desde cedo no complexo de favelas da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro. Os três homens foram feridos por balas perdidas.
[SAIBAMAIS]Severino Marcelino dos Santos foi atingindo na cabeça e foi levado ao hospital em estado grave. Duas pessoas foram feridas com tiros de raspão. Expedito José Rodrigues, 57 anos, foi ferido na perna e liberado depois de ser atendido. Já Bruno de Barros, 86 anos, foi ferido no tórax e permaneceu no hospital, em observação.
Balas perdidas atingiram também dois apartamentos de um prédio localizado nas proximidades do morro. Em um deles, uma bala "traçante" teria passado pela janela e iniciado um incêndio, que teve que ser combatido pelo Corpo de Bombeiros. Ninguém ficou ferido.
Já por volta das 14h30, os atendimentos na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) 24 Horas da Penha foram suspensos. O tiroteio começou quando homens armados tentaram fugir da operação policial pelo Parque Ary Barroso, onde fica a UPA.
Os criminosos avistaram policiais e atiraram contra eles, voltando para a favela em seguida. Os policiais se posicionaram no Parque Ary Barroso e começaram a trocar tiros com os bandidos da favela.
Com a troca de tiros, os médicos da UPA suspenderam os atendimentos. Pacientes, alheios ao tiroteio, reclamavam que os funcionários do posto médico estavam deixando o local sem atendê-los, como é caso do eletricista Hilton Félix. "Eu comecei a passar mal. Estou com febre desde segunda-feira. Vim aqui para ser atendido e não consegui. Eu vou embora, procurar outro recurso", disse.
Sem atendimento, os pacientes começaram a criar um pequeno tumulto dentro da unidade. Um deles quebrou a janela do posto de saúde e acabou sendo preso.