No dia dedicado ao combate à baixaria na TV, a coordenadora do projeto "Criança e Consumo", do Instituto Alana, Isabela Henriques, afirmou que o fim programa Eu vi na TV, apresentado por João Kleber, que era exibido pela RedeTV, foi um marco do sucesso da campanha "Quem Financia a Baixaria é Contra a Cidadania", que neste domingo (18/10) completa quatro anos.
Apesar das conquistas, observa Isabela, é preciso que a sociedade participe mais do debate sobre o que é exibido na TV brasileira. ;Em quatro anos, o movimento conseguiu muitas vitórias, como a retirada do programa de João Kleber. Foi um marco histórico;, disse a coordenadora do projeto "Criança e Consumo", durante debate promovido pelas rádios Nacional e Nacional da Amazônia.
De acordo com a coordenadora do Instituto Alana - organização sem fins lucrativos que tem como missão fomentar e promover a assistência social, a educação, a cultura, a proteção e o amparo da população em geral - o programa de João Kleber exibia cenas de nudez e colocava telespectadores e participantes em situações constrangedoras. ;Os anunciantes se conscientizaram e isso foi um ponto muito implorante. A questão do financiamiento chama muita atenção e o que aconteceu em relação ao programa foi muito importante, porque os anunciantes acabaram percebendo, naquele momento, que eles estavam participando e valorizando a baixaria;, argumentou.
;Ainda temos muita baixaria, mas é importante ressaltar que existem jornais e veículos responsáveis. Sem dúvida, na TV, temos muitos programas que são apelativos, que expõem as pessoas e o público. A sociedade precisa se envolver no debate e exigir uma programação que tenha menos baixaria e seja mais responsável;, ressaltou Isabela Henriques.