Os governadores da Amazônia Legal, definiram na manhã desta sexta (16/10) a proposta brasileira a ser apresentada em Copenhagen, na Dinamarca, na Conferência de Mudanças Climáticas, que será realizada em dezembro deste ano com a presença de 189 países membros da Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante o sexto Fórum de Governadores da Amazônia, que acontece em Macapá, já há um consenso de que a compensação financeira por dióxido de carbono não emitido, o chamado crédito de carbono, devem estar incluída no documento que será elaborado na Dinamarca. Esse mecanismo é intitulado Redução de Emissões por Desmatamento Evitado (REED), não foi incluído no protocolo de Kioto, em 1997, e que expira em janeiro de 2013.
[SAIBAMAIS]Com base em estudo técnico realizado por uma força-tarefa, os governadores apoiam a compensação financeira por meio de três mecanismos. O primeiro deles permite o financiamento governamental, ou seja, transferências de recursos para fundos nacionais, como o fundo da Amazônia. Outro mecanismo é o de mercado sem compensações, por meio, por exemplo de leilões de emissões. A última alternativa refere-se a compensações de emissões de países que recebem sua cota a partir da compra daqueles países com maior controle dos gases do efeito estufa.
Participam do fórum sete dos nove governadores da Amazônia. Os governadores Ivo Cassel, de Rondônia, e Roseana Sarney, do Maranhão, enviaram representantes. O documento finalizado hoje, intitulado Carta do Amapá, será entregue ao presidente Lula, mas já recebeu apiio do governo federal.
Presente no evento, o ministro Carlos Minc afimou que a proposta dos governadores será "o carro-chefe da apresentação brasileira em Copenhague". O governo pretente ainda se reunir com os demais países amazônicos da América do Sul para chegar a um consenso mais amplo. "Quando somos unidos, somos ouvidos. Quando estamos juntos passamos a ter uma força e uma representação muito grande", disse o governador do Amazonas Eduardo Braga (PMDB).