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Recém-nascida prematura, dada como morta, aparece viva em velório no Maranhão

A última terça-feira (6/10) foi cheia de surpresas e aflição em Anajatuba, no interior do estado. Logo pela manhã, cedo, Francineide Dutra Sanches, grávida de seis meses, sentiu desconfortos estranhos na barriga e se dirigiu ao Hospital Misto de Santa Maria, na cidade. Lá realizou-se uma cirurgia cesariana às pressas para retirar o bebê, que foi dado como morto. A menina, que seria batizada com o nome de Dafine Vitória, foi enrolada em panos, posta em um caixão e levada para o povoado de origem de sua mãe, à 6 km da sede da cidade. Segundo o vereador Edmilson Dutra (PSDB), que presenciou a angústia da família, ao chegar ao povoado, uma tia de Daphne abriu o caixão, e percebeu-se que a menina ainda respirava. A família, então, resolveu trazê-la para São Luís. Primeiro levaram a menina para o Hospital Materno-Infantil, mas não havia vagas na unidade. Uma ambulância do Samu levou a menina para o hospital Benedito Leite, onde foi acolhida na UTI neonatal. Segundo, Manoel Pimentel, diretor clínico da maternidade, neste caminho entre as duas unidades hospitalares, a pequena Dafihe sofreu duas paradas cardíacas, e foi reanimada. Contudo, na UTI da Benedito Leite, ela não resistiu a todo o processo por qual passou e faleceu. Pimentel destaca a força da menina para continuar vivendo. Segundo ele, crianças com esse estágio de prematuridade, seis meses, tem apenas 10% de chance de sobrevivência. Nesta fase da gestação, os pulmões ainda não estão completamente formados.