O Fusca 1973, cor verde hippie, era um dos troféus exibidos com orgulho pelos amantes desse automóvel que tem admiradores em todo o mundo. Com cores e anos variados, além de adaptações exclusivas, cerca de 80 fuscas foram expostos na manhã de domingo (4/10) na Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Todo primeiro domingo do mês, os amantes e colecionadores se encontram para trocar informações e celebrar o carro setentão - o Fusca foi lançado oficialmente em 1935, pelo então projetista Ferdinand Porsche. "O Fusca é um veículo que faz parte da história das pessoas. Do mais jovem ao mais idoso, todo mundo tem uma história para contar envolvendo o Fusca. É um veículo antigo, cujo custo de manutenção é baixo. E além do mais, é um carrinho bastante carismático", defende Bruno Beleza, presidente do Portal do Fusca.
Ele fala com orgulho de seu exemplar verde hippie, uma preciosidade fabricada na década de 1970 em homenagem ao movimento de contracultura da época. "É um modelo de transição, pois o interior remete à década de 1960, e o exterior à década de 1970".
O mesmo carinho que Bruno dispensa ao automóvel é compartilhado pelo estoquista Edmar de Souza Melo, de 29, que herdou do pai o Fusca modelo 1500, de 1971, cor laranja-granada. "O pai do Edmar gostava tanto desse carro que para economizá-lo preferia ir ao supermercado a pé", conta a mulher do estoquista, a diarista Natália Aparecida Mendes, de 31. O veículo foi carinhosamente apelidado de Birosca.
O Portal do Fusca (www.portaldofusca.com.br) se originou em uma comunidade de relacionamentos de uma rede social. Em maio de 2008, o grupo começou a promover encontros de fuscas e de motores Volkswagen em Belo Horizonte. Durante o evento foram recolhidos alimentos não perecíveis para serem doados a entidades beneficentes da capital. No Brasil, existem três fuscas 1949, considerados os mais antigos. Um deles passa por um processo de restauração.