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Professores de São Luís dizem que não tem como combater plágio de monografias

Basta abrir os cadernos de classificados dos jornais da capital, ou acessar alguns sites da internet para se deparar com a oferta do comércio ilegal de monografias - trabalhos de conclusão do curso de nível superior. A propaganda do trabalho desses "profissionais" é proporcionada ao leitor de uma forma suave, e por isso, o crime acaba sendo ofuscado. Crime este cometido tanto pelo aluno que compra, tanto pelos falsos pesquisadores, que na maioria das vezes acabam extraindo o produto de um outro autor e copiando. A ação criminosa é conhecida como crime de plágio. Na capital maranhense, o cenário não é diferente. Segundo relatos de alunos e professores, apesar de não terem como comprovarem, muitos já ouviram falar que "fulano ou ciclano" já cometeram a infração de extrair um material de um outro autor, e em seguida já terem apresentado como se fosse um trabalho de própria autoria e inédito, burlando os critérios de avaliação para uma monografia. Critérios estes recusados e ignorados por muitos alunos da atualidade. Fornecedores Com o passar dos anos, e o avanço da tecnologia e da informática, os alunos passaram a consumir um novo mercado, o de fornecedores de monografia. No entanto, o estudante que compra o trabalho de conclusão de curso está cometendo um crime previsto pelo Código Penal: violação de direito autoral. A pena prevista varia de três meses a um ano de detenção, mas se houver o objetivo de obter lucro, a pena passa de dois a quatro anos de reclusão. Apesar da prática criminosa ser realizada na obscuridade, alguns professores acabam sabendo da existência em rodas de conversas entre colegas de profissão e até mesmo nos grupos de estudantes. No entanto, eles questionam a dificuldade em detectar oficialmente o plagio, devido à falta de ferramentas. "É comum se ouvir falar que existe o aluno ou que se tem pessoas contribuindo para a conclusão da monografia. Agora, qual instrumento para o professor aferir o grau de participação deste aluno?", perguntou a professora do curso de comunicação social e integrante da Comissão de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da Universidade Federal do Mara