O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o problema do ensino público nesta segunda-feira (14/9) está mais concentrado em falhas na execução e gestão das ações propostas e menos na questão de financiamento. Para ele, o país vive um "momento inusitado".
"Hoje a nossa tarefa é de capacitação continuada de gestores locais para que eles consigam executar os recursos transferidos", afirmou durante seminário sobre os dois anos do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
[SAIBAMAIS]Segundo ele, o orçamento da pasta cresceu mais de 100% em seis anos. Mesmo com o crescimento, ele afirmou que "o cobertor ainda é pequeno" para tentar cobrir todas as necessidades.
Lançado em 2007 pelo governo federal, o plano - conhecido como PAC da Educação - é formado por um conjunto de ações que visa a melhorar os indicadores educacionais do país até 2022.
Um dos pontos mais importantes do plano, acredita Haddad, é a evolução na questão do planejamento e da gestão que permite "equalizar as oportunidades educacionais". "Nós atendemos o prefeito e não sabemos de que partido é, isso não interessa. E quem aprova o PAR (Plano de Ações Articuladas) e transferência de recursos é um grupo de pessoas tecnicamente qualificadas para essa tarefa", afirmou.
Em relação às recentes cassações de mandatos de governadores e às eleições de 2010, o ministro disse que toda troca de comando "tem seus traumas", que são mais fáceis de serem resolvidos quando há um plano de ações. Atualmente, todos os estados aderiram ao PDE e traçaram planos plurianuais de ações, metas e investimentos.
"Quando você tem um norte, a tendência é preservar as ações em curso, não tem porque refazer tudo. Esse planejamento tem um ganho muito grande, sobretudo para as escolas", defendeu