Acusados por várias comunidades indígenas de fazerem uso de pistoleiros como estratégia de intimidação na luta pela terra, os produtores rurais do sudoeste de Mato Grosso do Sul negam a prática, mas reconhecem a contratação de empresas legais de segurança privada para proteger as fazendas de eventuais invasões.
[SAIBAMAIS]
O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli, confirmou que o gasto com esse tipo de serviço é recorrente entre os filiados, já que a lei permite a adoção de medidas pelo proprietário em até 48 horas após a invasão.
"Na verdade nós não temos pistolagem. Estamos apenas mantendo a ordem. A Constituição garante que não se pode entrar em propriedade particular a não ser com autorização da Justiça. Invasão não vamos permitir em hipótese alguma", ressaltou Zeuli.
Segundo o pecuarista e vereador em Dourados, Gino José Ferreira, "se existe pistoleiro, tem que mandar prender". Ele alegou que a segurança privada contratada pelos produtores quando há necessidade é semelhante à que presta serviço para bancos e mercados.
"Já vimos propriedade com casais de velhos sendo expulsos por 50, 60 índios vindos até do Paraguai. Isso não vamos aceitar mais, e vamos fazer cumprir a lei, que garante o nosso direito de propriedade", reiterou.