Não foi desta vez que as lideranças negras puderam comemorar a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, que tramita há mais de uma década no Congresso Nacional.
A votação ficou para o dia 9 de setembro, depois que a Câmara convocou uma sessão plenária noturna nesta quarta-feira (26/8) e inviabilizou a retomada da reunião da comissão especial que analisa o estatuto.
Depois de muitas manobras para adiar a decisão, o DEM saiu vitorioso do embate com a bancada governista e com os representantes das organizações que estavam presentes na sessão.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) admitiu que sua legenda não concorda com o artigo que exige declaração da raça e gênero nos sensos escolares e a adoção de cotas, sobretudo a que destina 30% das candidaturas partidárias em eleições proporcionais.
A coordenadora nacional do Movimento Negro Uificado (MNU), Vanda Pinedo, saiu decepcionada da Casa. "Aqui eu não volto mais. Só se for para debater no plenário. A falsa abolição ocorrida em 13 de maio de 1888, finalmente, seria realizada por completo caso o estatuto tivesse sido aprovado", lamentou.